quinta-feira, 5 de agosto de 2010

UM TOSTÃO DE PROSA

Só um tostãozinho de prosa:
Contam que José Bernardino de Paula, o conhecido Juca Tostão, adestrou
um touro bravo...
Contam que Juca Tostão usava o touro como montaria...
Contam que Juca Tostão foi até o Rio de Janeiro montado no touro...
Contam que Juca Tostão chegou até o Palácio do Catete montado no touro.
Contam...
Aí, eu também conto.

6 comentários:

betometri.blogspot.com disse...

Quem conta um conto aumenta um ponto, isso eu também conto......

Ass.: Paulo Sérgio

Frederico Siqueira disse...

Beto,
Estou enviando algumas passagens sobre Palma (Capivari)do livro de Burmeister.
Abraços
Frederico

Hermann Burmeister, foi professor de Zoologia na Universidade de Halle, Alemanha. Chegou ao Brasil em 1850, dirigindo-se para Lagoa Santa onde permaneceu por cinco meses em estudos com Peter Lund.
Dos relatos dos viajantes estrangeiros sobre o Brasil, o de Burmeister me parece ser o único sobre o caminho da margem esquerda do rio Pomba que ligava Presídio (atual Visconde de Rio Branco) a São Fidélis. Vamos reproduzir alguns trechos:
" 25 de abril (1851) - Na última légua que nos separava de São Felix o caminho melhorou e pudemos chegar ao nosso destino às 6 horas, encontrando ali uma aldeia em pleno desenvolvimento. Além da igreja com seu cura, existia ainda uma bela casa sólida, de dois andares, logo à esquerda, na entrada da vila... Fomos hospedadados na casa de uma família branca, que nos tratou com muita atenção.
26 de abril - São Felix, ou Santo Antônio de Pádua, como a chamam, é uma freguesia com cerca de 36 casas e algumas centenas de habitantes. O lugar só tinha uma rua que se perdia no mato. Essa aldeia está situada numa colina, ao lado do rio da Pomba... Deixamos o lugar pela manhã, mais tarde do que tencionávamos... Tomamos a direção de Capivari, a umas 5 léguas de distância...Até o meio-dia caminhamos pela mata...O caminho subia à medida que se afastava do rio da Pomba. O terreno continuava bastante acidentado... Lá pelas duas horas, chegamos a uma casa isolada, que pertencia à fazenda de um certo sr. Lucas. Encontramos uma mulata com três crianças nuas. A mulher preparou-nos uma refeição - ovos estrelados e farinha - ... depois das três horas, montamos nos nossos animais e atravessamos, logo atrás da habitação, um rio que forma a base do estreito vale onde estava situada a casa. Subimos novamente as encostas por um terreno muito escorregadio... se o caminho se mostrava perigoso para nossas bestas, era, entretanto, muito interessante para mim...fiquei coberto de insetos e borboletas de diversas espécies, que tiveram o seu triste fim na minha caixa de coleção... reiniciamos a marcha em pouco tempo avistamos Capivari.
27 de abril - Fui observar, do limiar do nosso abrigo, a paisagem...O ponto mais elevado é ocupado pela igreja. A aldeia, que possuía duas vendas não tinha mais de 100 habitantes. Disseram-nos que sua distância ao rio da Pomba era de quatro léguas e de São Felix, de seis.
Ficamos prontos para partir às 9 horas. Laranjal que distava cinco léguas, era mais nova ainda do que Capivari. Às duas e meia, chegamos a outro pequeno rio, o São João passamos pelo vale...e atingimos um lugarejo composto de algumas casinhas, que, para grande surpresa nossa, era a aldeia de Laranjal. Tivemos de atravessar o rio para galgar, em seguida, uma pequena elevação coroada por uma capelinha, ao lado da qual se encontrava uma casa minúscula e um estábulo, lugar este que se destinava ao nosso pernoite.
28 de abril - Pela manhã, bem cedo, deixamos o nosso pouso improvisado no estábulo... a seguir até a aldeia de Santa Rita da Meia Pataca..."

Victor Hugo disse...

Ô Beto, a gente morre de saudade de seus textos. Manda brasa, comanheiro. Suas "estórias" de nossa Palma são deliciosas. Quem sabe a gente possa embarcar nelas e ficionar? Um abração do seu sempre admirador. VHCarmo.

Cristina Larcher Moreira Medina disse...

Olá, Beto!
Navegando pela internet encontrei você e seus "causos", a escola "Artur Bernardes". As lágrimas vieram, a saudade também...
Tempo bom! Você sempre foi "o cara". Lembra quando fazia minhas resenhas, pois eu trabalhava e não tinha tempo para fazê-las? Sempre tirava nota máxima,mas tinha que ler e fazer apresentação oral. O professor de Linguística, Luiz Gonzaga, gostava demais!
Sempre admirei você! Parabéns por nos fazer recordar e viver...
Um abraço carinhoso, meu companheiro.
Cristina Larcher Moreira Medina

Roldão P. Freitas disse...

Caro José Alberto,
Como sempre, seus textos são muito interessantes. Seu blog é a melhor fonte de informações sobre Palma para os que estão distantes da cidade.
Aguardando novidades, envio um grande abraço, Roldão

Anônimo disse...

Oi Beto!!!
Estou com saudades das novidades do blog!!!Abraços!!!
Diana Agrícola