Caro Beto,
eu quis comentar diretamente no seu blog,sempre muito bom, mas com meus modestos conhecimentos de internet, não consegui.
Aquelas fotos sobre o Ribeirão Capivara me tocaram profundamente.
Eu nasci aí em 1928 ( tô velhinho, né ?). A cidade tinha, praticamente, duas ruas principais na minha infância: a rua de cima, em frente a Matriz (onde minha família morava) e a de baixo, ligadas pelas duas ladeiras: a principal e a do Tiradentes. As ruas transversais quase nao existiam. Eram caminhos que levavam às fazendas; à zona rural. O nosso Capivara que deu o nome antigo ao lugar ( Vila do Capivara), atravessava, ainda bem limpo, a parte central da cidade. Na saída da Vila, na direção de Miracema, perto do Sítio do Totá, onde havia um moinho de fubá, tinha um poço ( largo com o remanso do ribeirão) e naquela margem , periodicamente acampavam os ciganos. Eram latoeiros,vendiam ouro, bugigangas, cavalos ( às vezes cegos). A gente os observava (crianças ainda) com um certo medo daquela gente estranha. Naquele poço a garotada se banhava, pulando de mergulho das margens, principalmente na época de verão.
Ah!, companheiro, que saudades da Palma da minha infância.eu quis comentar diretamente no seu blog,sempre muito bom, mas com meus modestos conhecimentos de internet, não consegui.
Aquelas fotos sobre o Ribeirão Capivara me tocaram profundamente.
Eu nasci aí em 1928 ( tô velhinho, né ?). A cidade tinha, praticamente, duas ruas principais na minha infância: a rua de cima, em frente a Matriz (onde minha família morava) e a de baixo, ligadas pelas duas ladeiras: a principal e a do Tiradentes. As ruas transversais quase nao existiam. Eram caminhos que levavam às fazendas; à zona rural. O nosso Capivara que deu o nome antigo ao lugar ( Vila do Capivara), atravessava, ainda bem limpo, a parte central da cidade. Na saída da Vila, na direção de Miracema, perto do Sítio do Totá, onde havia um moinho de fubá, tinha um poço ( largo com o remanso do ribeirão) e naquela margem , periodicamente acampavam os ciganos. Eram latoeiros,vendiam ouro, bugigangas, cavalos ( às vezes cegos). A gente os observava (crianças ainda) com um certo medo daquela gente estranha. Naquele poço a garotada se banhava, pulando de mergulho das margens, principalmente na época de verão.
Abraço grande de seu fã. VHC.
2 comentários:
Caríssimo Beto
O que este senhor disse, nos deixa não com saudades do Capivara, mas com um certo remorso de não termos feito nada para salvá-lo. Nadei muito nos fundos da nossa casa na Rua João Pinheiro. Era fundo e dava até para mergulhar. Pescamos muitos lambaris e carás e matamos muitas cobras também. Hoje o que vemos, além da degradação do meio ambiente, vemos também, acreditem, colunas de sustentação de casas no meio do ribeirão!!! Que coisa. É inacreditável. Será que ainda nos resta tempo para fazermos alguma coisa? Todos juntos? Afinal, o Capivara não é só um ribeirão que passa em Palma. Todo mundo tem uma história para contar sobre ele, todo palmense tem algum tipo de vivência que envolve o Capivara.
Por isso ele é, antes de tudo, um patrimônio natural do município, é um patrimônio de todos os palmenses.
Um abraço,
Cléverson
Parabéns ao Sr. VHC, sobre o seu texto, relato de um arquivo vivo da história de Palma. Desejo muitos anos de vida a ele e que nos relate mais histórias.
Ass.: Paulo Sérgio
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