Não quero cometer nenhuma
leviandade. Não quero ser o dono da verdade nem dizer que entendo muito sobre o
assunto. Sou leigo. Mas sou um cidadão, com todos os seus deveres, todas as
suas obrigações em dia. Por isso eu posso também exigir os meus direitos. Inclusive o direito de me
manifestar e de pedir desculpas se
estiver errado nas minhas colocações. Mas, , deixemos de lero-lero e vamos ao
que interessa.
Muito tempo atrás, mas não tão
“outrora” assim, a água que usávamos em nossas casas, a água que consumíamos em Palma, vinha da Congelação e de um
poço artesiano bem ali na várzea do Seu Vigilato. A água era bombeada para o reservatório que ficava lá no
alto do pasto, bem próximo de onde hoje é o Parque das Palmeiras. Era água sem
tratamento, eu sei. Mas era água e atendia às nossas necessidades.
Como “aquela” água vinha do poço
artesiano , ou mesmo da Congelação, a água do ribeirão Capivara (este ribeirão
é a união das águas de várias vertentes) corria “inteira” pela nossa cidade.
Era um ribeirão que não vivia vazio como
agora, que tinha água “em quantidade”.
Aí, veio a Copasa. Lá na altura
do sítio da praia ( do Seu Ofo) a Copasa retira a água que vai tratar e
fornecer à nossa cidade. E começa o problema. A Copasa retira do que será o
CAPIVARA a maioria das água que o alimentaria, que o formaria, que correria
pela cidade. Leva esta água para sua estação de tratamento e a oferece para nós
– que pagamos por ela - que, em seguida,
a devolvemos suja, pela rede de esgoto, para o curso do nosso Capivara.
Então, eu pergunto: é o justo? É
o correto a Copasa utilizar esta água do Capivara quando talvez tivesse outras
alternativas, como poço artesiano, etc e tal????? E a Copasa , em
contrapartida, não oferece nada ao
Ribeirão Capivara, a não ser , menos água. O Verão está próximo e o
Capivara está vazio. A administração municipal faz a limpeza e o povo despeja,
além dos dejetos, o lixo que teima em não colocar em sacos que são recolhidos
três vezes por semana pela Prefeitura. Grande parte das pessoas que moram nas
ruas Ricardo de Souza Barros (do Ouro) , num trecho da Oscar Rodrigues de
Paula, João Pinheiro e Heitor Barbosa
jogam todo tipo de lixo no ribeirão: fraldas descartáveis, restos de alimentos,
embalagens de frangos, farinha, batata, arroz, etc., latas, entulho de construções, sacos de
cimento vazios, e mais o que você imaginar.
Juntando o lixo à falta da água
que fica lá atrás na represa da Copasa, temos o ribeirão Capivara hoje: um
valão de esgoto, com o fedor que lhe é
característico, povoado por urubus e uns pobres peixes que vêm constantemente à
margem buscar um pouco do oxigênio que deve estar faltando na sua água.
Grande parte da população é
culpada pelo lixo. Se à Prefeitura cabe
a procura pelo tratamento dos resíduos, pelo tratamento do esgoto doméstico, eu pergunto: Não cabe à Copasa um estudo de
outra fonte para a água com que abastece
nossa Palma?
E deixe o Ribeirão Capivara para
a cidade.
Um comentário:
Caro José Alberto,
Que combinação terrível: povo sem educação, Prefeitura desleixada e (novidade para mim) COPASA indiferente --- pobre ribeirão Capivara.
É pena que haja poucos como você, que se preocupa com o meio ambiente e a limpeza da nossa cidade -- e manifesta o que acha.
Boa sorte nessa difícil campanha e um grande abraço,
Roldão
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