29 de julho de
2013.
Palma.
Ansiedade.
Como será?
Como serão?
O carro preparado
para ir ao Rio é pequeno.
Rapidamente, aluguel de uma van. Meio dia, saio de Palma. Destino? Rio
de Janeiro. Aeroporto internacional.
Cinco para as seis da tarde. Avião no solo. No desembarque, espero.
Cartazete na mão com os nomes: LEYLA, ASSAAD, ZIAD E LILI.
O pescoço cansado de se esticar para ver o portão de saída. Atenção
redobrada a cada movimento.
Sete da noite. Não é necessário mostrar o cartaz. O sorriso aberto, o olhar,
o porte... só pode ser Leyla. E é.
Um forte e demorado abraço. O idioma não é empecilho. O olhar e o calor
humano são suficientes para um perfeito
entendimento.
Depois vem Lili. Mais um abraço. Assaad e Ziad. Abraços. E fotos. A
retina registra e o cérebro arquiva. As imagens dos primos e primas estão
gravados na memória. Os abraços, o carinho e o calor humano do encontro estão
para sempre no coração.
Vamos para o estacionamento onde a van nos aguarda. Sorrisos meio sem
graça. Cansaço e inibição. Guardamos as malas.
Estrada. Meias palavras. Meios entendimentos. Destravo a língua e
arrisco algumas palavras em francês... em inglês... misturo as duas...
misturamos... aos poucos nos entendemos.... e vamos em direção a Palma.
Meia noite. Palma. Só alegria. Maria José nos espera. Cumprimentos e
sorrisos ainda meio cerimoniosos. Brevemente tudo se dissipará e estaremos
muito à vontade.
30 de julho de 2013.
Acordamos cedo.
Mesa de café.
Lili prepara o café libanês.
Das malas saem mil surpresas. As valises parecem cartolas de mágicos.
Como é que pode caber tanta coisa numa bolsa???? Pão libanês.... mais pão...
mais pão. E mais... e mais........ temperos.... zahtar, snoubar,
pimentas.... arak..... e por aí vai.
Ziad recomenda: San zucar..(sem açúcar!)
As palavras aparecem e o entendimento aumenta.
Vamos conhecer a cidade.
O sol nos brinda com um brilho intenso, para alegria de Leyla que
esperava por dias ensolarados.
Assaad fotografa tudo. Ziad observa e fotografa também. Lili, na sua
elegância e o os cabelos sempre impecáveis caminha ao nosso lado.
Tudo é novidade.
Na loja aparece Carminha. Abraços. Apresentações. Olhares de muita curiosidade e alegria. Dé. Jorgete.
Isa. Maria do Tostão. Odaléa. E chegamos na casa de Odete e Chafia. Odete
treina a língua árabe. Entre um tropeço e outro todos se entendem. Fotos.
Família aos poucos descoberta. As peças
do quebra-cabeça se encaixam. E tomam forma.
Um almocinho brasileiro.
Carro na estrada.
Miracema.
Fotos no jardim.
De volta a Palma.
À noite, Saidinho e Samir nos
fazem uma surpresa mais do que agradável. Vêm de Pádua para conhecerem “brimos
e brimas”.
31 de julho de 2013 DOCE DE
QUEIJO COM SEMOLINA
Halawetel Jibn
1º Passo: Ingredientes (6 a 8 pessoas)
300 g de queijo muzzarela de tranças
1 xícara de semolina
1 xícara de açúcar
1 l de leite B
1 Colher (de café) de Almíscar socado
2 colheres (de sopa) de pistache moído (para decorar)
2º Passo: Modo de Fazer
Desfiar a muzzarela, cobrir de água e deixar de molho
por, pelo menos, 1 hora para dessalgar. Escorrer e reservar.
Em uma panela, misturar a semolina com o
açúcar, o leite e o almíscar. Levar ao
fogo brando, mexendo sempre e sem parar, até
engrossar.
Acrescentar, então, a muzzarela e misturar bem
até derreter. Retirar do fogo e colocar em um pirex
(o doce não deve ficar com mais de 2 cm de altura).
Servir quente, salpicado com pistache moído e regado
com calda fria
Assim começa nosso dia. Assaad e Ziad na cozinha
A mesa do café já está mais divertida. Até gargalhadas já podem ser
ouvidas. Parece que estamos numa Torre de Babel. Mas todos se entendem.
Português, inglês, francês e libanês. Mais a linguagem dos gestos.
De carro, saímos pelas ruas da cidade.
Assaad e Ziad preparam Fatuche. Maria José prepara um Frango com
quiabo!!!!!!!!!! Combinam?
Depois do almoço, rumo a Pádua. Uma retribuição à visita do Saidinho .
Depois, um passeio pela cidade. Atravessamos a ponte, fotografamos, vamos até a
Igreja de São Felix (em obras). A conversa já flui melhor.
Na ponte, uma buzina. É Samir
que passa e nos cumprimenta. O
tráfego o impede de parar. Ziad fotografa. Assaad passa pela calçada e fotografa uma senhora na janela. Ela sorri
para Assaad. Caminhamos até uma pracinha. Mais fotos. Risos.
Surpreendente o entrosamento. Parece que nos conhecemos desde crianças.
Não há tratamento cerimonioso. Só alegria.
01 de agosto de 2013
Quibe cru, quibe assado e tabule. Hoje é o dia de Leyla e Lili na
cozinha. O cheiro do tempero se espalha pela casa. A fome até vem antes da hora. Mas espero o almoço.
Assaad e Ziad preparam uma maionese especial. E uma salada de iogurte com
pepino e hortelã. Na cozinha, as
histórias da família vão aparecendo. E, como Leyla diz, as peças do
quebra-cabeça vão se encaixando. Como é
bom saber onde estão nossas raízes. Melhor ainda é adubar de novo a terra para
que a frondosa árvore familiar fique
mais verde e viçosa.
Maria Helena, filha do tio Salim, veio de Formosa, de ônibus, a mais de mil quilômetros de
Palma, para conhecer as primas. Os oitenta e um anos de Maria Helena só fazem a visita se tornar ainda mais
alegre. Ela, a filha, Marilene, o neto, Túlio com a namorada, Renata chegam na
cozinha. Muita, muita alegria. E emoção. Meu Deus, eu nunca pensara antes em
ver a família da minha avó Málaqui se juntando desta forma. Desde que saíram
do Líbano, no início do século
passado... Wadih e Málaqui.... Wadih e José... Wadih e Salim... Wadih e João...
Hora do almoço. Parece que
estamos em Kfarkatra. Mas estamos em Palma e daqui a pouco saímos para
Cisneiros..
Armazém da Casemg, encontro com
Leni. Josemar e Josias, da família Salum. Uma visita à “venda da Zezé
Lima” onde funcionou a “venda” do Seu Jamil.
E o esqueleto do armazém? A estrutura de ferro, tijolos e cimento ainda
encantam. E vamos para a ponte de ferro. Ossos dentro do rio Pomba???? Isso
mesmo. Um absurdo, mas as águas do rio, perto da ponte , estão cheias de ossos.
Um absurdo!!!!! Fotos. E voltamos. Pés de café na beira da rua. Novidade!!! Um
pé de urucum. Novidade! Pedimos ao dono do quintal um galho de urucum. José
Luiz, o pescador, dono do quintal, nos oferece um galho de urucum, um galho
carregado de café, nos mostra uma lata cheia de lambarís que acabou de pescar e
nos convida para um cafezinho .
Entramos pelos fundos da casa e somos recebidos
muito bem pela esposa de Zé Luiz , que nos oferece um cafezinho plantado, torrado, moído e coado em casa.
Ziad nem se importa com a “zucar”
(açúcar)!!! Mais fotos e voltamos para casa. Tiramos a poeira do corpo.
02 de agosto de 2013.
Assaad e Ziad preparam malabie.
Leite, açúcar, maizena e misk.
Preparo: Misture a maizena, o leite e o açúcar. Leve ao fogo brando e
mexa sem parar, até engrossar.
Misture com o misk socado. Depois tem uma calda com água de flor de
laranjeira. Coloque em pequenas taças e
leve à geladeira. Coloque nozes por cima. E sirva. É o manjar dos Deuses.
Tem um gosto que lembra minha infância. E volto no tempo. Com se diz: é
de comer chorando!!!!.
Saímos cedo rumo a Muriaé. É lá que vamos almoçar.
Carro na estrada. Máquinas fotográficas. E lá vamos nós.
Muriaé. A loucura que é procurar estacionamento naquela cidade. Lembro do estacionamento próximo ao
Bradesco. Problema resolvido.
Vamos pela Rua barão de Monte Alto. As vitrines atraem Lili e
Leyla. Uma aqui, outra ali, mais outra
acolá. Uma loja de calçados. Bolsas na vitrine. Leyla olha.
Um escarpin. Lili
experimenta. A vendedora me pede
socorro. Não está entendendo nada do que
dizem. Compra feita, Rumo ao supermercado. Como gostam de comprar!!!! Procuram
por amêndoas e queijos. Encontramos. E vamos, depois, à procura de um
restaurante. Vamos ao Manjericão. Comida a quilo. Novidade!!!Almoçamos. Ziad pede o seu “café zem zucar”. Voltamos ao
estacionamento. Rumo a Palma, Na gruta da Boa Vista, uma parada. Fotos.
E fotos.
E mais fotos. Finalmente, Palma. Passamos pela antiga estação ferroviária.
Fotos. A vista é bonita. Proponho um lugar que oferece uma vista melhor. E
subimos até a laje do Geraldinho Testa. Fotos. Mais fotos.
Amanhã o dia promete
muitas emoções. E muitas surpresas.
Sábado, 03 de agosto de 2013.
Levanto cedo e vou para o Clube sozinho. Bandeiras do Líbano e do
Brasil. Uma faixa de boas vindas aos
primos e primas. E uma “árvore genealógica” para ser montada, colada na parede
do TAP (Clube da Associação Recreativa Palmense) – o significado de TAP É
TEATRO DE AMADORES PALMENSE.
Monto a árvore. A raiz é o início da história que pretendo registrar:
os nomes de nossos bisavós LAILA E SIMÃO. No alto, cinco galhos: Wadih,
Málaqui, João, José e Salim.
Cada um dos cinco filhos de Laila e Simão, com os nomes das esposas
e marido , filhos, Filhas, genros,
noras, netos e netas.
WADIH – HELENA
Adlete (Massaud Menzer) Lili, Elias , Michel
Phillipe (Marie Azzi)
Vera, Wadih, Leyla
Adib (Adma Menzer)
Georges, Pierre, Michel, Salim, Charbel, Paul
Salma (Nader Abu Abdallah)
Antonie, Zahi, May, Hind
Assaad (Souad Menzer)
Helene, Rita, Simon, Gabi, Rima, Raymonde
MÁLAQUI – FERES
Maria (Elias Abdalla Saab)
Amélia (Feres Maron) Vitória, Odaléa
José (Antonia Dias Metre) José Felix, Ângela, Maria José
Helena (Oliveiros Freitas Pinto) Heloisa Helena, Oliveiros Heleno,
Geraldo Magela, José Alberto, Felix
Laila (Jacob Massud Jacob)
JOÃO – SAHDA
Jamel (Alberto) Tânia
Maria Helena (José)
Latufala
Chafi I(Graça) João, Luciana, Adriana
Simão (Déa) João Henrique, Patrícia
Said (Darci) Samaene, Sahid, João Antonio, Maria Célia, Luciano,
Marcelo
José (Jamel) Samir, José
Nacib (Iracema) Roberto Luiz, Luiz Roberto, Maria das Graças, Maria
Apar ecida, Antonio Carlos, José
Eduardo, Maria Jamel, Maria Raquel
Adib (Antonieta) Laila, Carlos Alberto
SALIM – ESSIN
Salomão (Nazira) Michel, José Carlos
- HELENA
Nagib
Maria Helena (Gerson) Marilene, Marlene, Marília, Marilúcia, Marlice,
Jeferson, Gerson, Gedson, Salim
José (Dilméia)
JOSÉ – VIOLETA
Maria (Martins Machado)
Violeta (Plúblio) Hélia Lúcia, Carmem Lúcia
Nazira (Salomão) Michel, José Carlos
Máario
Faride
Emília
Adelina (Carlos)
Adiba (Lucas) Rogério , Breno
Michel I(Rizette) Cristina, Amaro, Emílio
Américo (Lúcia) Maria Beatriz, José Américo, Luciana
Para que Leyla e Lil i conhecessem os outros primos primas, eu lhes
apresentei a família de tia Ward. (irmã de Helena, casada com tio Wadih) – uma
árvore menor)
WARD – LATUF
Fued( Maria de Lourdes) Túlio, Maria Beatriz, Ivan Charles, Júlio
Maria, Cristiane
Em casa as emoções se sucedem. Chegam Tia Laila e Felix. Em seguida, José
Carlos com Fernanda e Lorena. A conversa se estende.
Meio dia. Hora do almoço. As primas não sabem o que as espera. São
levadas ao clube. De manhã eu lhes dissera que sábado, no Brasil, é dia de
feijoada e que iríamos almoçar no clube
que oferecia este prato tipicamente brasileiro todos os sábados.
Elas chegam ao clube onde
representantes de todas as famílias acima os esperam:
Da família de Málaqui:Oliveiros Heleno e Suely, Heloisa e Paulo André.
Geraldo e Lais, Eu e Maria José, Tia Laila.
Da família de Tio João: Maria
Da família de Tio Salim: José, José Carlos, Fernanda, Lorena, Maria Helena,
Marilene, Túlio e Renata, Francis e Diana
Da família de Tio José: Carminha, Emílio, a esposa, dois filhos e Dona
Odete, Uma tia de Emílio que fez questão de estar presente.
Da família de tia Ward: Michel, Jorgete, Beatriz, Antonio Carlos,
Charles, Márcio, Angela, Said, Thales, Renan, a noiva e Luiz Roberto.
Um primo de Lili, filho de Said Menzer, que ela só conheceu na hora do
almoço, José Said Menzer, Cláudia e o filho Flávio.
Presentes, também, Odete e Chafia.
Muita emoção , abraços e muita alegria e felicidade.
Leyla, Assaad, Ziad e Lili receberam e deram abraços em todos os primos
e primas presentes. Uma foto com todos os participantes do encontro foi
entregue a cada um.
Muitas fotos e sorrisos.
Ao final, Leyla fez uma
agradecimento. EM PORTUGUÊS.
“ Eu agradeço a todos vocês pela
presença. Eu agradeço ao José e Maria José por sua generosidade, sua acolhida e
seu amor. Eu agradeço sobretudo a Deus que permitiu nosso encontro. Muito
obrigada.”
o agradecimento, antes da tradução
Na volta para casa muita conversa.
A cada conversa uma nova descoberta sobre a família. O quebra-cabeça se
completa.
Tia Laila e Heloisa convidam Leyla e Lili para a missa no Santuário de
Nossa Senhora de Fátima. As presenças de Lili e Leyla são anunciadas pelo Padre
Eduardo na hora da missa.
Mais tarde, na cozinha, Ziad e Assaad nos brindam com ATAIF, um
delicioso doce árabe . Só agora descubro para que as amêndoas compradas
no supermercado em Muriaé.
Ingredientes
Calda
½ colher de sopa de água de flor de laranjeira
1½ colher de sopa de suco de limão
500 ml de água
1 kg de açúcar
Massa
500 ml de leite
1½ colher de sopa de fermento biológico
2 xícaras de chá de farinha de trigo
Recheio
1 colher (sopa) de açúcar
500 g de nozes moídas
Modo de preparo
Calda
Em uma panela, misture o açúcar com a água e levar ao fogo brando para
engrossar.
Quando a calda estiver em ponto de fio, junte o suco de limão, misture
e retirar do fogo.
Deixe esfriar e acrescente a água de flor de laranjeira ou de rosas.
Misture e reserve.
Recheio
Numa tigela, misture todos os ingredientes e reserve.
Massa
Coloque num liquidificador o leite, farinha de trigo e fermento
biológico.
Bata tudo.
Deixe fermentar por uma hora.
Unte uma frigideira pequena com manteiga e aqueça sobre fogo médio.
Espalhe cerca de duas colheres da massa, formando um disco de mais ou
menos 10 cm de diâmetro.
Asse as massas somente de um lado.
Assim que a superfície superior da panqueca estiver seca, retire e
coloque em uma travessa cobrindo sempre com um pano de prato.
Montagem
Deixe as panquecas com o lado mais claro para cima.
Coloque o recheio no centro e feche na forma de meia-lua, apertando bem
as bordas com os dedos para não abrir.
Sirva com a calda à parte.
Dicas
Entre uma panqueca e outra é importante sempre limpar a frigideira com
um guardanapo umedecido em óleo.
A calda desta receita é usada na maioria dos doces árabes, e também
para regar na hora de servir.
Essa massa azeda rápido, usar preferencialmente no dia, não podendo ser
congelada.
Hora de dormir. Amanhã o dia será longo.
Domingo, 04 de agosto de 2013
Na manhã de domingo, pelo Skype, converso com Vera, irmã de Leyla que
mora no Líbano. Mentira!!! Converso, não. Assaad fala e canta. Eu faço mímica
na frente da câmera e Vera pensa que sou eu.Muitas gargalhadas. Vera diz que meu árabe é muito bom.
Ah, meu Deus!!!!!!
Assaad e Ziad vão com Felix para juiz de Fora. Leyla e Lili ficam em
Palma. Irão comigo após o almoço.
Almoçamos e saímos. Em Maripá damos uma parada para que elas conheçam
Dona Rida, uma filha de libaneses, dona do restaurante da beira da estrada.
Chegamos em Juiz de Fora , encontramos Marina e subimos juntos para a
casa de Felix. À noite iremos comemorar os aniversários de Gigi e Ziad.
Felix e os “brimos” saem para comprar bolo e champagne. À noite, Gigi
prepara o lanche (tem atpe cuscus de milho e de arroz). Ziad abre o champagne (guarda a rolha como
souvenir) e com Gigi sopram a vela. Eu ensaiei bastante e canto parabéns em árabe.
Sana helwa ya gamil
Sana helwa ya gamil
Sana helwa ya habibi
Sana helwa ya gamil.
E Assaad canta em português.
Parabéns pra você
Nesta data querida
Muitas felicidades
Muitos anos de vida.
Brindamos.
Comemos bolo
Ziad e Lili ficam na casa de Felix e Gigi.
Leyla e Assaad vão comigo para a casa de tia Laila
Chegando na casa de Tia Laila, uma mesa posta para o lanche. E temos que comer mais. Sacrifício dos bons.
Vou para meu apartamento.
Na manhã seguinte, às sete da manhã, sairemos para Ouro Preto.
Segunda-feira, 05 de agosto de 2013
Toco a campainha da casa de tia Laila. Assaad e Leila tomam café. Tia Laila, como sempre, indica os
pratos sem parar querendo que a gente coma um pouco de todos eles. E são
muitos.
“Café no papinho, pé no caminho.”
Em direção à casa de Felix e Gigi. Lá, Ziad e Lili nos esperam. Saímos.
Estrada.
Paradas para cafezinhos, sempre “zem zucar”. Ziad não toma café com
açúcar. Mas como come doce!!!!
Finalmente, Ouro Preto. Depois de um subida íngreme por uma rua não
esperada, chegamos ao estacionamento do hotel Pousada Clássica, na Rua Direita,
próximo à praça principal da cidade. Check in. Malas nos apartamentos. Caminho
da rua. Praça, rua dos bancos, Casa dos Contos, apreciação do belo casario ,
subida até a Praça Tiradentes, almoço, porque ninguém é de ferro. No restaurante
apresentamos a cachacinha mineira para Ziad e Assaad, Lili e Leyla. Ziad gosta
e repete. E repete. O dono do restaurante deixa a garrafa na mesa. E eu digo
para Ziad: Aqui no Brasil você pode ser chamado de “pinguço”, “cachaceiro” e “pé de cana”.
Risos. No meu francês primário, digo para Ziad. Cachaça c'est eau qui oiseau ne
boit pas..
Após o almoço, feirinha de pedra
sabão, uma visita ao adro da Igreja de
Nossa Senhora do Carmo (na segunda-feira as igrejas ficam fechadas). Ficamos
admirando as belezas da cidade. E vamos ao Teatro que se encontra aberto para
visitação. E lembro do ano de 1974 quando, com o Grupo Divulgação, eu participei
do Festival de inverno de Ouro Preto e nos apresentamos naquele teatro. Pudemos
visitar os camarins (reformados), o palco. Muitas Fotos.
De volta ao hotel, fomos para o restaurante onde foi servido um chá.
Um pequeno descanso no quarto e
, outra vez, RUA.
Restaurante, vinho e pizza.
E, hotel. Até amanhã.
Bonne nuit!
Terça, 06 de agosto de 2013.
Encontro no restaurante do hotel para o café da manhã.
Dispensamos o guia. Vamos visitar poucas igrejas e não há necessidade
dele. Vamos à Igreja de São Francisco. Bela! Não há necessidade de outro
adjetivo. Devagar, com muita atenção, olhamos todos os detalhes. Parte do museu
do Aleijadinho que funciona na Igreja de
Nossa Senhora da Conceição (atualmente em reforma) foi trazido para a Igreja de
São Francisco. Peças valiosíssimas.
Visita encerrada, vamos à feira de pedra sabão.
Lojas . Compras.
Restaurante. O mesmo da véspera. Cachacinha na mesa.
Duas da tarde, pegamos a estrada. Queremos passar em Congonhas para vermos
os Profetas do Aleijadinho, as estações da via sacra... e passamos por
Itabirito.
A mais ou menos uns 20 km de Congonhas, o trânsito está parado. Congestionado.
Paramos. Esperamos... esperamos... até que alguém nos informa que um
atropelamento na véspera, próximo a Congonhas,
provocou uma manifestação. Caminhões e carros numa fila de
aproximadamente 20 km. A previsão é que a rodovia será reaberta a meia-noite. O
melhor, então, é voltar a Ouro Preto e pegar a estrada para Ouro Branco. Voltamos e percorremos mais 80 km além do
previsto. E muita gente resolveu fazer a mesma coisa. Muito movimento na
estrada e trânsito lento. Quando passamos por Ouro Branco já anoitece.
Congonhas fica para a próxima vez. Mas o passeio valeu.
A convivência diária com Leyla, Lili, Ziad e Assaad é muito
prazerosa. As dificuldades de
comunicação??? Nem nos lembramos delas!11
Já passa das dez da noite quando chegamos a Juiz de Fora.
José Carlos e Fernanda nos esperam.
Brimos e brimas ficam na casa de Zé Carlos.
Felix e eu vamos embora.
Mais emoções serão sentidas na quarta-feirsa.
Quarta-feira, 7 de agosto de 2013
A programação fica por conta do Zé Carlos.
Tia Laila oferece um almoço para todos. Infelizmente tive que voltar
para Palma.
No restaurante, tia Laila é o retrato da felicidade. Fotos.
Tia Laila, Isa, Marina (minha filha) José Carlos, Fernanda,
Lorena, Felix, Gigi, José Menzer,
Cláudia, Flávio, Leyla, Assaad, Ziad e Lili. Fotos.
Mais tarde, uma visita à casa de José Said Menzer. Todos conhecem também
Helena a filha de José. Fotos e mais
fotos.
Quinta-feira, 8 de agosto de 2013
O coração começa a ficar apertado. E não há palavra que seja a perfeita tradução para saudade. E
SAUDADE é o sentimento está por vir.
Ansiedade pela volta dos primos
e primas para Palma. José Carlos os acompanha até aqui.
Depois do almoço, chegam .
(As lembranças, ao escrever este texto, provocam um tristeza lá no fundo
do coração!!!)
A despedida de Zé Carlos emociona. Mas...
Como é triste vê-los fazendo as malas!
Um último passeio pelas ruas centrais de Palma ... despedidas... Diana,
Odete, Carminha, Maria, Jorgete, Michel... não dá para passar nas casas de
todos...
Depois, O CALIFA.
Pelo menos na despedida vale a pena experimentar a comida libanesa
feita em Palma. Saidinho e Samir vêm de Pádua (como são atenciosos e
alegres!!!!) e nos juntamos todos nO Califa. Uma cervejinha para descontrair
mais um pouquinho... quibes.... homos...
merches de repolho...lábine... pão libanês.... conversas... fotos... e mais
fotos.
Uma cadeira quebra e Assaad... pááá.... no chão. Depois do susto o riso....
Saidinho e Samir vão embora. E nós vamos para casa.
Amanhã.... é bom nem pensar!!!!
Sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Oito da manhã. Van na porta de casa.
Não tenho coragem de deixá-los ir sozinhos. Vou junto até o Rio.
Eles devem estar com overdose da minha presença. Mas quero curtir a
vinda deles mais um pouquinho.
Uma foto na porta de casa e saímos para o Rio.
Vou mudo. A SAUDADE já aperta o peito.
Uma parada em Além Paraíba.
Em Teresópolis, uma parada para apreciarmos a Serra dos Órgãos, o Dedo
de Deus e registramos tudo em fotos.
Descemos a serra.
Meu coração apertado. Chega a doer.
Rio, duas da tarde, 37 graus. Ziad brinca que quer voltar pra Palma
comigo. Quem dera!!!
Chegamos ao Arena Hotel , na Avenida Atlântica.
Check in.
Ah, meu Deus, que vontade de voltar no tempo e ver outra vez Leyla
saindo pelo portão de desembarque do aeroporto!!!!
Mas quem tem que sair agora sou eu.
Que abraço bom!!!!!
Mas, como dói!!!! Taquicardia!!!!! Coração disparado!!!!! Em outro
momento, ele quase para!!!!
José, você podia ficar para almoçar!!!!
Que nada, se é para eu ir, vou agora.
Saio sem olhar para trás.
Leyla e Assaad vêm também.
Mais uma despedida.
E saio.
Mas, em agosto do próximo ano estaremos juntos outra vez, em Paris, Montjean
e kfarkatra.
Se Deus quiser.
Inchallah!!!
2 comentários:
Caro José Alberto,
Mesmo sem fazer parte da família, gostei muito do seu relato sentimental-turístico-gastronômico.
Parabéns pela iniciativaa e que o intercâmbio com os parentes do Líbano/França seja permanente.
Será que alguns pratos novos vão entrar no cardápio (já muito bom) do Califa?
Grande abraço, Roldão
Rever ou conhecer pessoas da família, é muito legal, principalmente quando se tem muito em comum.
Um Abraço,
Paulo Sérgio
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