Um presente que recebi hoje me fez pesquisar e descobrir este
texto.
Se puder, leia.
* Os Martírios
A tradição dos martírios perder-se-á nos tempos longínquos, vindos da Idade Média, não de forma pura mas fruto de uma evolução. Nessa altura, a expressão popular religiosa era muito forte, muito arreigada no povo. A sua origem poderá estar, possivelmente nos autos da Paixão, encenações e representações dramáticas.
Estas peças teatrais, bíblicas ou religiosas foram muito comuns na Península Ibérica, entre os séculos XIV e XVIII, algumas delas ainda vividas nos nossos dias.
No Teatro
No teatro, as cenas (Autos) dramáticas, representativas da Paixão de Cristo, vêm dos séculos XIV e XV. Da literatura castelhana do século XV, conserva-se um auto da paixão de Lucas Fernandes, outro de Afonso del Canto. Na Catalunha, ainda se conserva uma visita ao sepulcro do século XIV. E em França, há ainda a Passion Didot, pela primeira vez representada em Paris, em 1450.
Desde a Idade Média, os relatos da Paixão foram encenados em actos sacramentais extra-litúrgicos, e assim foram permanecendo em alguns países como a Alemanha e a Espanha. No nosso país enquadrar-se-á neste entendimento uma representação teatral ou um auto numa povoação de Trás-os-Montes, “Vilar de Perdizes”.
Na Música
Para além dos autos dramáticos existiam, também, composições musicais sobre o texto das narrações evangélicas da Paixão, desde o século IV em melopeia pré-gregoriana, de modo especial os relatos da paixão.
Desde a segunda metade do século XVII compuseram-se paixões com melodias gregorianas e, a partir de 1700 a poesia livre começou a substituir o texto bíblico.
Começará a raiz ou origem dos martírios.
Bach foi um compositor que conservou intactos os textos bíblicos, ainda que rimados. Depois dele, a Paixão tornou-se superficial devido ao sentimentalismo da poesia ao fraco rigor das composições. A propósito, refira-se que a reposição da Paixão segundo S. Mateus, em 1829, cem anos depois da sua estreia, contribuiu para a redescoberta das suas obras. E o sentimentalismo aqui referido, é esse mesmo que iremos encontrar nos poemas, cuja música será essa melopeia entre o gregoriano e a melodia árabe, embora de um fio melódico em tom menor.
Os Martírios em Vizela
São privilégio no Minho, mas só em Vizela eles se manterão com certo vigor, ainda que dando já indícios de um certo desgaste ou cansaço. Só as pessoas de idade os sabem cantar e, no tempo da mocidade delas isso era comum. Por outro lado, de uma tradição ainda viva em Vizela, esta é exclusiva do lugar das Teixugueiras. Só neste lugar, e em mais nenhum, eles se cantavam.
* A Rosinha Tuntum
“Como este costume entrou em decadência, foi-me dito haver uma senhora, entre muitas outras que ainda os sabe cantar muito bem. É a Rosa Nunes, ou Tuntum, que nasceu e toda a vida morou nas Teixugueiras.”
A Rosinha Tuntum é uma senhora cheia de vida e boa disposição apesar dos seus 65 anos. Os “versos” dos martírios foi a sua mãe que lhes transmitiu verbalmente e que ela fixou na memória. A mãe dela sabia ler e escrever muito bem. A Rosinha Tuntum, essa, porque assim era uso no seu tempo de rapariga, não foi para a escola. Mais tarde, nos seus trinta e tantos foi obrigada a frequentar uma escola de adultos. E ela, de sacola ao ombro cantava para quantos quisessem ouvir:
Ó marido faz-me sopa,
Mete a comida à fornalha.
Quando vier da escola,
Dou de comer à canalha.
A descrição dos Martírios
A Rosinha Tuntum aprendeu-os nos seus 16/17 anos, da boca de sua mãe que também já os cantava desde que fora rapariga também.
Quase sempre, cantados nas Teixugueiras e sempre à noite. Só na quaresma, começando a cantá-la a partir da quarta-feira depois da “sarra-se a velha”. Aliás só se cantavam às quartas e sextas-feiras da quaresma. Quando se cantavam cá em baixo nas Teixugueiras ou era no caminho ou à beira da estrada, com dois grandes grupos: um, aí de umas oito pessoas, que “botavam os versos”; e um outro, muito maior, que respondia.
Numa altura em que a procissão da via-sacra esteve a passar de novo pelo Mato, a Rosinha Tuntum e outras mulheres, tinham-se preparado para os cantar do alto do monte. A procissão levou outro rumo e os Martírios não se cantaram. E quando eles se cantavam quase em multidão, punham muito cuidado no ensaio, para eles saírem bem. Senão, era “pecado” cantá-los sem respeito, e fora do tempo da quaresma.
As quadras dos Martírios
Então, a Rosinha Tuntum, fielmente, lá foi ditando, uma a uma, todas as quadras, num total de 21.
Oh, meu Senhor do Calvário,
Vossa cruz é de oliveira
Foste o mais lindo cravo
Que nasceu entre a roseira.
A Vossa Divina Cabeça,
Coroa de espinhos cravada
Entre dores incríveis
Fonte de sangue difamada.
Os Vossos Divinos Cabelos
Foram em sangue ensopados
Sangue que veio remindo
Os nossos feios pecados.
A Vossa Divina Testa
A picaram c’um escolheiro
Por mor dos meus pecados
Jesus Cristo verdadeiro
Os Vossos Divinos Olhos
Derramados pelo chão
Pelo amor dos meus pecados
Senhor Deus, tanta paixão!
O Vosso Divino Nariz
De vós tornais o cheiro
Por amor dos meus pecados
Jesus Cristo Verdadeiro
Os Vossos Divinos Lábios
Roxos como o próprio frio
Por amor dos meus pecados
Senhor Deus, tanto Martírio!
À Vossa Divina Boca
Vos deram fel amargoso
P’ra bem guardar nossas almas
Castigo eterno, horroroso.
Às Vossas Divinas Faces
Vos deram mil bofetadas
Por duros, feroz algazes,
Escarnecidas, pisadas!
O Vosso Divino Pescoço
De grossas cordas ligaram
De rua em rua com ele
Como rei Vos arrastaram
Aos Vossos Divinos Ombros
Vos puseram um madeiro
Por amor dos meus pecados
Jesus Cristo Verdadeiro
Às Vossas Divinas Mãos
Vos pregaram numa Cruz
Por amor dos meus pecados,
Misericórdia Jesus!
O Vosso Divino Peito
Foi cruelmente rasgado
Que dele correu abundante
Remédio para o pecado
O Vosso Amável Coração
Pois que o abriram com uma lança,
Com vida que nele entremos
Cheios de amor e confiança
À Vossa Divina Cinta,
Vos puseram uma toalha
Que nela se representa
A Vossa santa mortalha
Os Vossos Divinos Joelhos
De rastinhos pelo chão
Por amor dos meus pecados,
Senhor Deus, tanta paixão!
Aquela mulher Verónica
Que vos saiu ao caminho
A limpar o Vosso rosto
A uma toalha de linho
A Vossa Divina Cinta
De grossas cordas ligaram
De rua em rua com ela
Que a morrer vos arrastaram.
Se quereis saber a verdade
Assubi àquele oiteiro
Vereis as ruas regadas
Com o seu sangue verdadeiro
Por nascimentos infinitos
De tanta amarga paixão
Temo Jesus, concedei-nos
Dos nossos crimes perdão…
Estes são os “versos” que um primeiro grupo “botava”, ao que o outro grupo, mais numeroso, “respondia”:
Padeceu grandes tormentas
Duros martírios na Cruz
Morreu para nos salvar
Bendito seja Jesus!
A tradição dos martírios perder-se-á nos tempos longínquos, vindos da Idade Média, não de forma pura mas fruto de uma evolução. Nessa altura, a expressão popular religiosa era muito forte, muito arreigada no povo. A sua origem poderá estar, possivelmente nos autos da Paixão, encenações e representações dramáticas.
Estas peças teatrais, bíblicas ou religiosas foram muito comuns na Península Ibérica, entre os séculos XIV e XVIII, algumas delas ainda vividas nos nossos dias.
No Teatro
No teatro, as cenas (Autos) dramáticas, representativas da Paixão de Cristo, vêm dos séculos XIV e XV. Da literatura castelhana do século XV, conserva-se um auto da paixão de Lucas Fernandes, outro de Afonso del Canto. Na Catalunha, ainda se conserva uma visita ao sepulcro do século XIV. E em França, há ainda a Passion Didot, pela primeira vez representada em Paris, em 1450.
Desde a Idade Média, os relatos da Paixão foram encenados em actos sacramentais extra-litúrgicos, e assim foram permanecendo em alguns países como a Alemanha e a Espanha. No nosso país enquadrar-se-á neste entendimento uma representação teatral ou um auto numa povoação de Trás-os-Montes, “Vilar de Perdizes”.
Na Música
Para além dos autos dramáticos existiam, também, composições musicais sobre o texto das narrações evangélicas da Paixão, desde o século IV em melopeia pré-gregoriana, de modo especial os relatos da paixão.
Desde a segunda metade do século XVII compuseram-se paixões com melodias gregorianas e, a partir de 1700 a poesia livre começou a substituir o texto bíblico.
Começará a raiz ou origem dos martírios.
Bach foi um compositor que conservou intactos os textos bíblicos, ainda que rimados. Depois dele, a Paixão tornou-se superficial devido ao sentimentalismo da poesia ao fraco rigor das composições. A propósito, refira-se que a reposição da Paixão segundo S. Mateus, em 1829, cem anos depois da sua estreia, contribuiu para a redescoberta das suas obras. E o sentimentalismo aqui referido, é esse mesmo que iremos encontrar nos poemas, cuja música será essa melopeia entre o gregoriano e a melodia árabe, embora de um fio melódico em tom menor.
Os Martírios em Vizela
São privilégio no Minho, mas só em Vizela eles se manterão com certo vigor, ainda que dando já indícios de um certo desgaste ou cansaço. Só as pessoas de idade os sabem cantar e, no tempo da mocidade delas isso era comum. Por outro lado, de uma tradição ainda viva em Vizela, esta é exclusiva do lugar das Teixugueiras. Só neste lugar, e em mais nenhum, eles se cantavam.
* A Rosinha Tuntum
“Como este costume entrou em decadência, foi-me dito haver uma senhora, entre muitas outras que ainda os sabe cantar muito bem. É a Rosa Nunes, ou Tuntum, que nasceu e toda a vida morou nas Teixugueiras.”
A Rosinha Tuntum é uma senhora cheia de vida e boa disposição apesar dos seus 65 anos. Os “versos” dos martírios foi a sua mãe que lhes transmitiu verbalmente e que ela fixou na memória. A mãe dela sabia ler e escrever muito bem. A Rosinha Tuntum, essa, porque assim era uso no seu tempo de rapariga, não foi para a escola. Mais tarde, nos seus trinta e tantos foi obrigada a frequentar uma escola de adultos. E ela, de sacola ao ombro cantava para quantos quisessem ouvir:
Ó marido faz-me sopa,
Mete a comida à fornalha.
Quando vier da escola,
Dou de comer à canalha.
A descrição dos Martírios
A Rosinha Tuntum aprendeu-os nos seus 16/17 anos, da boca de sua mãe que também já os cantava desde que fora rapariga também.
Quase sempre, cantados nas Teixugueiras e sempre à noite. Só na quaresma, começando a cantá-la a partir da quarta-feira depois da “sarra-se a velha”. Aliás só se cantavam às quartas e sextas-feiras da quaresma. Quando se cantavam cá em baixo nas Teixugueiras ou era no caminho ou à beira da estrada, com dois grandes grupos: um, aí de umas oito pessoas, que “botavam os versos”; e um outro, muito maior, que respondia.
Numa altura em que a procissão da via-sacra esteve a passar de novo pelo Mato, a Rosinha Tuntum e outras mulheres, tinham-se preparado para os cantar do alto do monte. A procissão levou outro rumo e os Martírios não se cantaram. E quando eles se cantavam quase em multidão, punham muito cuidado no ensaio, para eles saírem bem. Senão, era “pecado” cantá-los sem respeito, e fora do tempo da quaresma.
As quadras dos Martírios
Então, a Rosinha Tuntum, fielmente, lá foi ditando, uma a uma, todas as quadras, num total de 21.
Oh, meu Senhor do Calvário,
Vossa cruz é de oliveira
Foste o mais lindo cravo
Que nasceu entre a roseira.
A Vossa Divina Cabeça,
Coroa de espinhos cravada
Entre dores incríveis
Fonte de sangue difamada.
Os Vossos Divinos Cabelos
Foram em sangue ensopados
Sangue que veio remindo
Os nossos feios pecados.
A Vossa Divina Testa
A picaram c’um escolheiro
Por mor dos meus pecados
Jesus Cristo verdadeiro
Os Vossos Divinos Olhos
Derramados pelo chão
Pelo amor dos meus pecados
Senhor Deus, tanta paixão!
O Vosso Divino Nariz
De vós tornais o cheiro
Por amor dos meus pecados
Jesus Cristo Verdadeiro
Os Vossos Divinos Lábios
Roxos como o próprio frio
Por amor dos meus pecados
Senhor Deus, tanto Martírio!
À Vossa Divina Boca
Vos deram fel amargoso
P’ra bem guardar nossas almas
Castigo eterno, horroroso.
Às Vossas Divinas Faces
Vos deram mil bofetadas
Por duros, feroz algazes,
Escarnecidas, pisadas!
O Vosso Divino Pescoço
De grossas cordas ligaram
De rua em rua com ele
Como rei Vos arrastaram
Aos Vossos Divinos Ombros
Vos puseram um madeiro
Por amor dos meus pecados
Jesus Cristo Verdadeiro
Às Vossas Divinas Mãos
Vos pregaram numa Cruz
Por amor dos meus pecados,
Misericórdia Jesus!
O Vosso Divino Peito
Foi cruelmente rasgado
Que dele correu abundante
Remédio para o pecado
O Vosso Amável Coração
Pois que o abriram com uma lança,
Com vida que nele entremos
Cheios de amor e confiança
À Vossa Divina Cinta,
Vos puseram uma toalha
Que nela se representa
A Vossa santa mortalha
Os Vossos Divinos Joelhos
De rastinhos pelo chão
Por amor dos meus pecados,
Senhor Deus, tanta paixão!
Aquela mulher Verónica
Que vos saiu ao caminho
A limpar o Vosso rosto
A uma toalha de linho
A Vossa Divina Cinta
De grossas cordas ligaram
De rua em rua com ela
Que a morrer vos arrastaram.
Se quereis saber a verdade
Assubi àquele oiteiro
Vereis as ruas regadas
Com o seu sangue verdadeiro
Por nascimentos infinitos
De tanta amarga paixão
Temo Jesus, concedei-nos
Dos nossos crimes perdão…
Estes são os “versos” que um primeiro grupo “botava”, ao que o outro grupo, mais numeroso, “respondia”:
Padeceu grandes tormentas
Duros martírios na Cruz
Morreu para nos salvar
Bendito seja Jesus!
Em Palma, na década de 1950, Dona Maria Godêncio (como eu não sei) recitava os versos do Martírio de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Analfabeta, Maria Godêncio recitava os versos, cantava nas
procissões. E a maior lembrança que temos dela é na procissão do enterro, da
sexta-feira santa. Atrás do esquife do Senhor Jesus, lá ia Maria Godêncio
cantando:
Pecadores redimidos
Com o sangue do Senhor, Atendei, vede se há
Dor igual (Dorival) a minha dor.
Cantava do jeito que
ela entendia as palavras, mas cantava do
jeito que o coração ditava pra ela. Eram palavras cheias da mais pura emoção.
Na semana passado, escrevi um pequeno texto sobre a sexta-feira
santa.
Hoje, Vanda e Vilma Freitas me presentearam com a oração rezada por Dona Maria.
Uma vez, Vanda pediu que ela rezasse . E enquanto ela rezava,
Vanda foi escrevendo.
Eis a oração de Maria Godêncio resgatada por Vanda.
Muito se perdeu da oração original. Mas o que Maria Godencio
retirou dela e o que acrescentou só deu mais emoção ao texto do martírio.
Vossa cruz de Oliveira
Vosso mais lindo cravo
Que nasceu das roseira
Vosso Bom Jesus do Calvário
Santo nome é
Nossa Sagrada fé
Bom Jesus de Nazaré.
Foi ateto de morrer
Dai-me licença
Senhor
Que eu entre em
vossos tesouros
Vossos sagrados cabelos
Finos como fios de ouro
Vossa sagrada cabeça
Coroada com agudos espinhos
Por causa dos meus pecados
Vós sofrestes tantos martírios
Vosso sagrado olho
Inclinado pelo chão
Por causa dos meus pecados
Sofreste tanta paixão
Vosso sagrado rosto
Cheio de escarros nojentos
Por causa dos meus pecados
Sofreste tantos tormentos
Vossa sagrada boca
Cheia de fel amargoso
Por causa dos meus pecados
Jesus Cristo poderoso.
Vossas sagradas mãos
Pregadas numa cruz
Por causa dos meus pecados.
Valei-me Senhor Jesus!
Vosso sagrado pescoço
Amarrado com uma corda
Por causa dos meus pecados.
Senhor Deus , Misericórida!
Vossos sagrados ombros
Denegridos de madeira
Por causa dos meus pecados
Jesus Cristo verdadairo
Vosso sagrado
peito
Transpassado com uma lança
Por causa dos meus pecados.
Senhor, dai-me confiança.
Vossa sagrada cintura
Amarrada com uma toalha
Bem me parecia
Ser a vossa mortalha.
Vossos sagrados joelhos
Arrastados pela terra
Por causa dos meus pecados.
Valei-me meu Senhor eterno!
Vossos sagrados pés
Ardem como nervos puros
Escorrendo muito sangue
Pela rua da amargura.
Santa mulher, Verônica
Foi visitar o Calvário
E o pago que lhe deram,
Meu senhor, Santo Sudário.
Quem esta oração rezar
Um ano continuado
Nesta vida será rei,
Na outra será coroado.
Terá tanto perdão
Quanto as árvores tem de folhas,
Como areia tem no mar.
Ofereço este bendito
Que nos livre dos castigos PARA SEMPRE.
AMÉM !
E, como dizia Maria Godencio, ou Godenço: DIVERAS!!!!!!
7 comentários:
Muito bom! Obrigado mais uma vez, Beto.
Obrigado por me recordar esta tao bela e sagrada oração.A muitos anos venho tentando me recordar dela. Aprendi com minha madrinha Geralda Ferreira de Paula, mineira,Goitacazes.
Minha a avó me ensinou essa reza e no final ela sempre dizia,quem souber está oração a de rezar e não ensinar porque no dia do juízo muita falta fazera
Uma avó de uma prima minha me ensinou essa oração em 1981, escrevi - a mas se perdeu no tempo, pedi para minha prima que mora em Goiânia, essa oração, só lembrava que falava das chagas de Jesus , do madeiro. Ela não recordava dessa oração, e mandou no grupo da família e por coincidência também assina Freitas, são de Minas Gerais.Fiquei muito feliz em resgatar essa oração!
Me lembro de ver na infância, ainda na década de 1990 minha bisavó cantando essa canção em um funeral
Aprendi essa oração com meu pai. Ele aprendeu com o pai dele, que aprendeu com o avô que nasceu em 1879. E a oração foi passando de geração em geração. Há tempos procuro nas rede sociais para ver se as palavras são estas mesmas. Apenas algumas pequenas diferenças regionais. Se alguém quiser comparar com a minha, fica meu email. agg.telecom@gmail.com
Eu gostei de ver. Me ajudou. Aprendi do meu pai , que aprendeu da sua mãe, que aprendeu ...
Tem algumas poucas diferenças.
O final da oração dele se conclui assim:
Quem está oração rezar
Um ano continuado
Neste mundo será rei
No outro será coroado.
Quem está Oração rezar
Nas Sextas feiras do ano
Tará tanto de perdão
Como dias tem no ano.
Como dias tem no ano
Como folhas tem nas árvores
Como peixes tem no mar
Como areia tem na praia.
Quem souber e não ensinar,
Quem ouvir e não aprender
No "Dia do Juiso"
Não tem de que arrepender.
Verá o mundo arder
Verá o Céu a correr
Verá o sol a parar
Verá a Terra tremer
Peguemos com Jesus Cristo
A quem nos há de valer.
"O que será de mim, meu Deus?"
(Refrão que ia intercalando a cada estrofe).
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