sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

O BAILE DE TIA JOSÉLIA E OUTROS VERSINHOS

Em nosso baile havia brincadeira
todos muito amigos, sempre a sorrir.
Ia a família toda.
O pior era para as crianças dormirem.

Nas camas um montão de criançcas,
pelo chão espalhava as esteiras
cada mãe queria dançar.
As comadres começavam a brincadeira.

Para tomar cavalheiro
chegava de mansinho perto do par.
- Deixa, que eu danço com ele
porque o Zé tá querendo acordar.

Era mentira e Maria perdeu
seu par para a comadre.
A outra dizia: Que isso Luzia?
Se fosse com você? Se te tomassem o compadre.

Nós íamos aos bailes
sempre em nosso cavalinho.
Lá pela madrugada
saíamos de mansinho.

Falava sempre o nosso verso
assim, para despedir.
Vocês vão gostar
e têm mesmo que sorrir.

Os galos estão cantando,
o dia está amanhecendo.
Quero despedir de você.
Meu coração está doendo!

OUTROS VERSINHOS
DA
" POLCA DE VERSO"

Canta o galo, rompe a aurora,
no terreiro do seu dono,
pra acordar a Mariquinha
que está no primeiro sono.

No alto daquele morro
tem dois pilãozinho de vidro.
Um bate, outro responde:
Moreno, casa comigo.

Quem quiser falar seu verso,
que cuida bem de pensar.
Cuidado com a mulher
para no fim não brigar.

Lembrar bem o passado
é coisa boa e divertida.
Creio [que nenhuma de nós
precisa ficar arrependida.

Com seu bigode pintado,
o Zelito muito galante
falava seu verso sorrindo
com um tipão importante.

DEPOIS O BASTIÃO RIMAVA

Reberão que corre água
corre areia no fundo
meu amor é tão ingrato
que namora todo mundo.

E MARIA RESPONDIA

Reberão que corre água
corre areia também
se eu namoro todo mundo
não é da conta de ninguém.

Se você sabe outros versinhos,
ingênuos, inocentes e simples como estes,
inclua nos seus comentários.

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