Explode,
coração! Aguenta mais uma explosão de
alegria e de felicidade!
Duas
vezes, uma em 2010 e outra em 2012, eu pensei que a emoção iria ser repetida.
Mas não foi. Cada uma, Laila, com Alexandre e Lívia, com Rafael, embora com a mesma intensidade, provocou uma
sensação única. Nada se repetiu. Foram duas alegrias, duas felicidades, duas
explosões de sentimentos que inundaram , alegraram e ficarão gravadas para
sempre na minha vida, na história da minha família.
Chegamos
a 2013. Mais uma edição? Que nada. Uma nova alegria, uma nova felicidade, uma
nova emoção.
Clarice
e Rômulo vieram para provocar mais um teste para o coração deste PAI DA NOIVA.
Data
marcada, preparativos iniciados desde 2012. Parecia muito tempo. Mas, não. Os
dias passaram rapidamente e chegou mais um grande dia.
Para
testar mesmo a resistência deste coração sexagenário (Meu Deus, como tempo
passa!! Já fiz 60!!!!), Rômulo me fez a
seguinte proposta:
-
Beto, vou te pedir uma coisa. Se não puder, pode dizer que eu não vou ficar
chateado.
-
Diga, Rômulo, o que é....
-
Em vez da Clarice passar a assinar meu nome depois de casada, eu queria te
pedir para eu passar a assinar o seu.
Não
sei o que se passou na minha cabeça e no meu coração. Mas senti que a energia
de um raio percorreu o meu corpo. Provocou uma sobrecarga de emoção. Num
milésimo de segundo senti que começava ali a se realizar um sonho que começou a
se delinear no meu casamento. O MEU NOME PERPETUADO. Filhas passam o nome para
os filhos mas o que se mantém daí para a frente é o nome do pai. Aí o METRI (nome
de família de minha mãe Helena)
desapareceria na história do meu
núcleo familiar. Naquele instante em que Rômulo pediu para ser um METRI,
reacendeu a chama. E mais um capítulo começou a ser escrito . Rômulo Ferreira
Metri. Daí para a frente mais uma responsabilidade para ele: Carregar este
sobrenome que que aprendi a amar e respeitar, com o consentimento de meu pai,
Oliveiros Freitas Pinto , que viu o seu nome sumir dos papéis, embora nunca tenha
desaparecido do meu coração, sempre, também, amado e respeitado.
Chegou
o dia.
Clarice
escolheu para padrinhos todos os tios e tias. Uma enorme alegria. Heloisa,
Geraldo e Laís, Oen e Suely, José Luiz e Líbia, Vicente e Leila, Fátima e
Vagner, João e Cirstina, Argeu e Milena. Fez questão, também , das irmãs: Laila
e Alexandre, Livia e Rafael, Marina e Lucas. E amigos e amigas comuns:
Tudo
parecia tranquilo.
Igreja
cheia de amigos e amigas. Nada mais. Todas as pessoas que lotaram a Igreja de
São Francisco de Assis, em Palma, na noite de sábado, eram pessoas amigas.
Chega
a hora da entrada dos pais do noivo e da noiva. Rômulo com a mãe, Narley e eu e
Maria José. Os sorrisos que recebemos
durante o “desfile” pelo corredor central da igreja encheram-nos de boas
energias.
Aí,”aguenta
coração”.Hora da entrada das damas e do pajem: Leonardo e Kathelyn e (meu Deus)
Carolina, minha amada neta de dois aninhos com Pedro. Pensei: Ela não entra!
Engano meu. Entrou bela arrancando até do mais sisudo dos presentes um largo
sorriso.
Fui,
então, ajudar a noiva a descer do carro. Quando abri a porta, meu olho chegou a
estalar para segurar uma gotinha que teimava em pular pelo rosto. Pensei no meu
pai e na minha mãe que diziam quanto eu era criança: ENGOLE O CHORO. Engoli.
Clarice estava deslumbrantemente bela. (Não era olhar de pai, não. Ela estava
linda mesmo).
Quando
nos posicionamos para a entrada, esperando os acordes do trompetista com a
marca nupcial, a igreja encheu-se de outro som. Era a gravação feita por
Clarice, que surpreendeu, cantou e
encantou. E, muito mais, EMOCIONOU, cantando:
Não posso reclamar de nada,
Se eu tenho você aqui,
Iluminando o chão da estrada
Caminho que eu escolhi
Não posso acomodar na fala
As coisas que são pra sentir
É só olhar na minha cara
Pra ver meu coração sorrir
Você foi o melhor presente
Que tão gentilmente a vida me deu
Agora é só cuidar direito
É tudo tão perfeito
Entre você e eu.
Todos os olhares se voltaram para a noiva
quando a porta da igreja se abriu.
Voltei a pensar e a ouvir a voz do meu pai:
ENGOLE O CHORO, Beto.
Cerimônia muito bela. Padre Fabiano foi
“certeiro” nas palavras.
Quando a dama Luiza entrou com as alianças, a
“maviosa” (que termo antigo!!!) voz de
Laurinha, minha sobrinha, cantando a Consagração a Nossa Senhora me fez
esquecer meu pai. Não engoli o choro. Deixei a emoção sair pelos olhos.
Ah! Meu Deus, como é bom ir lembrando e
escrevendo tudo isso. Pode até ser chato para quem lê, mas é tão bom para
mim!!!
Clarice, minha filha (aqui eu repito), tão
amada quanto as outras. Obrigado por esta felicidade, por esta alegria, por
estas tão grandes emoções.
Vamos para a festa. Moon Light, como das outras
vezes, nos espera. Os amigos já devem estar no clube à nossa espera. E, como eu,
ansiosos para vê-los, você e Rômulo, entrando
pelo salão juntamente com a
felicidade.
Que Deus os faça sempre felizes.
Um beijo.
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