segunda-feira, 15 de julho de 2013

O PAI DA NOIVA - PARTE III

Explode, coração! Aguenta mais  uma explosão de alegria e de felicidade!
Duas vezes, uma em 2010 e outra em 2012, eu pensei que a emoção iria ser repetida. Mas não foi. Cada uma, Laila, com Alexandre e Lívia, com Rafael,  embora com a mesma intensidade, provocou uma sensação única. Nada se repetiu. Foram duas alegrias, duas felicidades, duas explosões de sentimentos que inundaram , alegraram e ficarão gravadas para sempre na minha vida, na história da minha família.
Chegamos a 2013. Mais uma edição? Que nada. Uma nova alegria, uma nova felicidade, uma nova emoção.
Clarice e Rômulo vieram para provocar mais um teste para o coração deste PAI DA NOIVA.
Data marcada, preparativos iniciados desde 2012. Parecia muito tempo. Mas, não. Os dias passaram rapidamente e chegou mais um grande dia.
Para testar mesmo a resistência deste coração sexagenário (Meu Deus, como tempo passa!! Já fiz 60!!!!), Rômulo  me fez a seguinte proposta:
- Beto, vou te pedir uma coisa. Se não puder, pode dizer que eu não vou ficar chateado.
- Diga, Rômulo, o que é....
- Em vez da Clarice passar a assinar meu nome depois de casada, eu queria te pedir para eu passar a assinar o seu.
Não sei o que se passou na minha cabeça e no meu coração. Mas senti que a energia de um raio percorreu o meu corpo. Provocou uma sobrecarga de emoção. Num milésimo de segundo senti que começava ali a se realizar um sonho que começou a se delinear no meu casamento. O MEU NOME PERPETUADO. Filhas passam o nome para os filhos mas o que se mantém daí para a frente é o nome do pai. Aí o METRI (nome de família de minha mãe Helena)  desapareceria  na história do meu núcleo familiar. Naquele instante em que Rômulo pediu para ser um METRI, reacendeu a chama. E mais um capítulo começou a ser escrito . Rômulo Ferreira Metri. Daí para a frente mais uma responsabilidade para ele: Carregar este sobrenome que que aprendi a amar e respeitar, com o consentimento de meu pai, Oliveiros Freitas Pinto , que viu o seu nome sumir dos papéis, embora nunca tenha desaparecido do meu coração, sempre, também, amado e respeitado.
Chegou o dia.
Clarice escolheu para padrinhos todos os tios e tias. Uma enorme alegria. Heloisa, Geraldo e Laís, Oen e Suely, José Luiz e Líbia, Vicente e Leila, Fátima e Vagner, João e Cirstina, Argeu e Milena. Fez questão, também , das irmãs: Laila e Alexandre, Livia e Rafael, Marina e Lucas. E amigos e amigas comuns:
Tudo parecia tranquilo.
Igreja cheia de amigos e amigas. Nada mais. Todas as pessoas que lotaram a Igreja de São Francisco de Assis, em Palma, na noite de sábado, eram pessoas amigas.
Chega a hora da entrada dos pais do noivo e da noiva. Rômulo com a mãe, Narley e eu e Maria José. Os sorrisos  que recebemos durante o “desfile” pelo corredor central da igreja encheram-nos de boas energias.
Aí,”aguenta coração”.Hora da entrada das damas e do pajem: Leonardo e Kathelyn e (meu Deus) Carolina, minha amada neta de dois aninhos com Pedro. Pensei: Ela não entra! Engano meu. Entrou bela arrancando até do mais sisudo dos presentes um largo sorriso.
























Fui, então, ajudar a noiva a descer do carro. Quando abri a porta, meu olho chegou a estalar para segurar uma gotinha que teimava em pular pelo rosto. Pensei no meu pai e na minha mãe que diziam quanto eu era criança: ENGOLE O CHORO. Engoli. Clarice estava deslumbrantemente bela. (Não era olhar de pai, não. Ela estava linda mesmo).
Quando nos posicionamos para a entrada, esperando os acordes do trompetista  com  a marca nupcial, a igreja encheu-se de outro som. Era a gravação feita por Clarice, que  surpreendeu, cantou e encantou. E, muito mais, EMOCIONOU, cantando:

Não posso reclamar de nada,
Se eu tenho você aqui,
Iluminando o chão da estrada
Caminho que eu escolhi
Não posso acomodar na fala
As coisas que são pra sentir
É só olhar na minha cara
Pra ver meu coração sorrir
Você foi o melhor presente
Que tão gentilmente a vida me deu
Agora é só cuidar direito
É tudo tão perfeito
Entre você e eu.

Todos os olhares se voltaram para a noiva quando a porta da igreja se abriu.
Voltei a pensar e a ouvir a voz do meu pai: ENGOLE O CHORO, Beto.
Cerimônia muito bela. Padre Fabiano foi “certeiro” nas palavras.
Quando a dama Luiza entrou com as alianças, a “maviosa” (que termo antigo!!!)  voz de Laurinha, minha sobrinha, cantando a Consagração a Nossa Senhora me fez esquecer meu pai. Não engoli o choro. Deixei a emoção sair pelos olhos.

Ah! Meu Deus, como é bom ir lembrando e escrevendo tudo isso. Pode até ser chato para quem lê, mas é tão bom para mim!!!

Clarice, minha filha (aqui eu repito), tão amada quanto as outras. Obrigado por esta felicidade, por esta alegria, por estas tão grandes emoções.















































































Vamos para a festa. Moon Light, como das outras vezes, nos espera. Os amigos já devem estar no clube à nossa espera. E, como eu, ansiosos para vê-los, você e Rômulo, entrando  pelo salão  juntamente com a felicidade.
Que Deus os faça sempre felizes.
Um beijo.


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