segunda-feira, 3 de junho de 2013

MINHA AVÓ MÁLAQUI

Minha avó  Málaqui contava muitas histórias. Algumas vezes, a gente até pensava que ela aumentava um ponto quando contava um conto.
Ela contava tudo com muitos detalhes.
Um das histórias que ficaram na  nossa memória foi  sobre o avô dela.
- Meu avô era um homem muito rico e poderoso. Mas era também muito generoso e amado por todos. Ele usava umas roupas muito bonitas. Morava numa casa muito grande, com a frente  toda cheia de arcos. Parecia um palácio. A sala de jantar tinha uma mesa enorme, com 39 cadeiras.  E vivia cheia de gente. Era sempre assim.
Falava também que ele tinha  um baú (uma arca) de madeira cheio de moedas de ouro. Que ele era um homem muito caridoso. Rico, sem ostentação. Era muito poderoso. Foi ele quem doou o sino para  a Igreja de Nossa Senhora lá em Kfarkatra...
E vovó contava esta e muitas outras histórias.
Hoje, em conversa com a prima Leyla Maalouf,  descoberta recentemente via facebook,   tive a confirmação desta história do antepassado Kalil. Leyla me disse que , quando criança, morando ainda no Líbano, ia à missa na Igreja de nossa Senhora. E que lá  existia uma placa de mármore branco, gravada com letras pretas. Trazia a seguinte inscrição; OFERTA DE KALIL METRE MAALOUF.
Mais tarde, via facebook , Leyla me enviou as fotos das ruínas do que foi o "palacete" da família Maalouf, e que publico neste blog.


Vai para minha doce e saudosa Vó Málaqui esta homenagem com o meu agradecimento pelas belas histórias que ainda hoje povoam minha imaginação e minhas lembranças. E me fazem muito feliz e cheio de orgulho por ser seu neto e pertencer a uma família tão bela.
Uma família que aumentou  em qualidade com a descoberta dos primos e primas , filhos, netos e netas de meu tio Wadih. Hoje somos uma família completa.  Os descendentes dos quatro irmãos que vieram e permaneceram no Brasil, Minha avó Málaqui, meus tios joão, Salim e José. E agora, acrescentamos os descendentes do tio Wadih, que também veio para o Brasil mas teve  que retornar ao Líbano. Nunca voltou ao Brasil , nunca mais viu os irmãos. Mas constituiu uma bela e unida família que a Internet me possibilitou descobrir. Hoje somos uma família completa. Graças a Deus. Graças a Alah!

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