quarta-feira, 25 de abril de 2012

O ÚLTIMO TREM EM PALMA

O último trem

Roupa Nova

Esse trem que pra minha terra agora vai partir
É o ultimo da linha que pra lá irá seguir
E dentro dele tenho que estar, tenho que estar
Pois não posso mais ficar aqui sozinho como estou
Minha terra é pequenina, porém lá existe amor
E tenho alguém a me esperar, a me esperar
E eu morro se esse trem eu não pegar
Na cidade eu não me acostumo, faça o que fizer
Mas na minha terra só não é feliz quem não quiser
Se o trem partir eu vou a pé eu vou a pé
Deixo tudo pra seguir no trem
E eu vou no trem também
Vem comigo que eu vou mais além
E eu vou no trem também
Todo o tempo que eu perder faz mal
E eu vou no trem também
Já é hora de encontrar meu bem
E eu vou no trem também


A linha da Estrada de Ferro Leopoldina, no percurso de Recreio
a Manhuaçu, foi aberta em partes:
Recreio-Palma - 1883
Palma-Carangola - 1885/1887
Carangola-Manhuaçu - 1911/1915 .
O dia 09 de setembro de 1976 marca a passagem do
último trem de passageiros   pela estação de  Palma.
A foto acima é a imagem da despedida, registrada
pelo agente da Leopoldina naquela época, Sr. Geraldo Ribeiro
(na foto)


(No google  consta a música O ÚLTIMO TREM como sendo
do Roupa Nova. Mas eu me lembro mesmo
é de um "conjunto" chamado The Sunshines
que cantava a música nos tempos da
Jovem Guarda.

..."trem de passageiros da Leopoldina (no final, operado pela RFFSA) corria na chamada linha do Manhuaçu. Existiu desde 1883 quando foi aberto o primeiro e curto trecho até Palma e a partor de 1915 passou a fazer todo o trecho até Manhuaçu, que passou a ser a estação terminal. Os trens foram desativados de 1977 a 1979, dependendo do trecho: o último sobrevivente foi o trecho Recreio-Porciúncula, em 1979, se confiarmos nos horários impressos nos guias da época. Na verdade, os trens partiam de Três Rios, onde se dividiam composições da Leopoldina que vinham do Rio de Janeiro. Em Recreio, deveria haver mais uma divisão de comboios, depois de cerca de meia hora de parada: uma parte do trem seguia para Manhuaçu, outra para São Geraldo, encontrando a linha Três Rios-Caratinga pela linha do Centro da Leopoldina. Como em praticamente todos os trens de passageiros do Brasil a partir dos anos 1960/70, esses trens passaram a ser usados em trechos curtos, de uma estação a outra; raramente alguém se dispunha a seguir pelo percurso todo, já que naquela época mesmo as precárias estradas e os pequenos ônibus já faziam os trechos longos em tempos bem menores. Como curiosidade, na região de Porciúncula, o trem entrava e saía do Estado do Rio de Janeiro por alguns quilômetros (as estações de Porciúncula e de Dona Emília ficavam neste Estado). Hoje não existe mais linha entre Cisneiros e Manhuaçu, sobrou apenas com tráfego quAbaixo, o horário dos trens que percorriam a linha, em 1972. Eles partiam de Três Rios e seguiam para Manhuaçu numa viagem sem baldeações, de cerca de 8 horas e meia...
 (Guia Lev. julho de 1972).

copiado de:


Linha do Manhuaçu
(Minas Gerais/Rio de Janeiro)

10 comentários:

Anônimo disse...

Esta é uma regravação da música de
The Sunshines
O Último Trem KLB
Esse trem que pra minha terra agora vai partir
É o ultimo da linha que pra lá irá seguir
E dentro dele tenho que estar, tenho que estar

Pois não posso mais ficar aqui sozinho como estou
Minha terra é pequenina, porém lá existe amor
E tenho alguém a me esperar, a me esperar

E eu morro se esse trem eu não pegar

Na cidade eu não me acostumo, faça o que fizer
Mas na minha terra só não é feliz quem não quiser
Se o trem partir eu vou a pé, eu vou a pé

Esse trem que pra minha terra agora vai partir
É o ultimo da linha que pra lá irá seguir
E dentro dele tenho que estar, tenho que estar

E eu morro se esse trem eu não pegar

Ahhhhh!
Ahhhhhhhhhh!

Esse trem que pra minha terra agora vai partir
É o ultimo da linha que pra lá irá seguir
E dentro dele tenho que estar, tenho que estar

E eu morro se esse trem eu não pegar

Ahhhhh!
Ahhhhhhhhh!


http://www.vagalume.com.br/klb/o-ultimo-trem.html#ixzz1t9Em1DYw

Anônimo disse...

No tempo da Jovem Guarda o Roupa Nova acho que ainda não existia.

Anônimo disse...

Caro José Alberto,

Muito bom esse artigo, combinando música com história. Parabéns.

O antigo trecho da linha entre Palma e Cisneiros se transformou numa boa estrada de rodagem, larga e plana. E o trecho entre Palma e Banco Verde, não poderia se tornar uma estrada/trilha para caminhadas ou cavalgadas? Fica a idéia...

Grande abraço, Roldão

Anônimo disse...

Quem sabe, que num futuro bem futuro tenha um trem bala, ligando o Rio de Janeiro a Palma em uma hora e meia. Meus netos e bisnetos vão adorar.
Sonhar não custa nada......

Adolfo Lúcio disse...

Fala Beto!
Lusia e Toninho estão em Brasília. A Lusia já leu, releu e
vibrou com as fotos e comentários do seu blog.
Nessa última passagem em 1976, eu com 8 anos na época,
e já admirador, fui até a estação pra ver. Grandes lembranças e com meus pais aqui, voltamos no tempo.
Muito bom! Valeu!
Forte abraço pra todos, saúde e paz!

Adolfo Lúcio

Lusia de O. Fernandes disse...

Beto, eu e minha família estamos em Brasíia apreciando
seu blog. Já olhamos por várias vezes todas as fotos procurando os amigos. Não achei as fotos que te dei, a não ser a do José Salim ( colega de loja ).
Parabéns pelo trabalho. Um abraço da Lusia, Toninho e família.

washington luiz disse...

quando tinha 7 anos fui de maria fumaça ate silveira Carvalho de Maria fumaça e quando chegava em B.V e Silveira o Maquinista mandava eu puxar a corda para o trem apitar e o Geraldo ribeiro me dava aula de telegrafo e tinha um vagão que era vagão dos Correios e toda semana me dava gibi de presente e Glorinha que vendia biscoito de polvilho e doce de leite na quele carinho .
parabéns pela materia

washington luiz disse...

E o meu coração embora
Finja fazer mil viagens
Fica batendo parado ( ate hoje )
Naquela estação...(

elho maquinista com seu boné
Lembra do povo alegre que vinha cortejar
Maria fumaça não canta mais
Para moças flores janelas e quintais
Na praça vazia um grito um oi
Casas esquecidas viúvas nos portais

odos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega prá ficar
Tem gente que vai
Prá nunca mais...

Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai, quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim chegar e partir...

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem
Da partida...

A hora do encontro
É também, despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...

abrço para o julio emilio niecio ..parabens beto

Fabim disse...

Beto
Esta matéria lembrou-me de um site de sportes do Milton Neves que tem uma parte dedicada ao Que Fim Levou, onde ele mostra foto antiga e atual de alguma personalidade esportiva, voce poderia criar uma seção em seu blog tipo POR ONDE ANDA nestes moldes com Palmenses ausentes e os leitores de seu blog iriam enviando fotos e informações, acredito que muita gente se reencontrará via seu blog.
Abraço forte
Fabin do Ribeirim

Francisco Geraldo de Paula Lima disse...

Inúmeras viagens foram feitas por mim Francisco Geraldo, minha irmã Jurêma, Judith e meus pais Antonio Camilo e Tinana. Entre os anos 1946 até seu termino entre R.J e Palma. Minha ultima viagem já pai de Alexandre da Silva Lima foi feita de Palma a Porciuncula em 1971. A vista das paisagens sempre lindas, incomodava era o que caia em nossas vistas vindo da maquina. SAUDADES SAUDADES